Professora para explicanda, no final do ano lectivo:
- A. toma um lápis para te lembrares de mim!
- Professora, não me vai deixar pois não?!
- Eu não sei onde estou no próximo ano!! Aqui no centro já não vou dar explicações.
- Professora, não nos abandone! Eu gosto tanto de si, eu vou consigo...não acredito que não arranje umas horinhas para me dar explicações para o ano...
- Há outros professores de matemática cá no centro! E tão bons como eu, ou melhores!
-Mas eu quero-a é a si...é bonita, veste-se bem, gosto das suas coisas, da maneira como me explica a matemática, gosto da sua forma de ser...é divertida e simpática...
....
Professora mais que babada....
- Ó A. também não é o fim do mundo! (corada com os elogios), vais ter outros explicadores, não tem mal!
- Mas eu quero-a a si!! Nem que me venha dar explicações a casa...vá lá!!
- Mas se calhar vou estar em várias escolas...não vou ter tempo...
Professora já sem hipóteses...
- Está bem, depois a gente fala!
A. com ar de feliz agarrada ao meu pescoço a dar-me beijos.
É bom sentir estas coisas, uma pessoa fica orgulhosa...ela que era tão difícil...tive que cativá-la e pelos vistos consegui!
Professora com outro grupo já no final...
- Para o ano não vou estar cá.
- A sério?? Diz B., óoooo vou ter saudades suas!
J. fica calado, agarra a mochila e sai em silêncio...
Dou-lhe um beijo e digo-lhe: boas férias J.!
Caminhando para destruir calorias:
Z para X:
- o que me estás a dizer é que empolamos as coisas? Sobrevalorizamos os nossos sentimentos? Transformamos os outros naquilo que gostariamos que eles fossem e não no que eles são de facto?
- Sim Z. é isso...
X. para com os seus botões...
- ...sonhadoras: ))
Mãe para os filhos:
- filha come a sopinha ,vá lá!
- Não, não gosto desta sopa...
- querida, é boa...e ainda não provaste, como sabes que não gostas?
H. para a irmã:
- está muito boa! (em jeito de consolação para a mãe).
- Não como! (ar de chateada e aborrecida), se não tivesse estas couvinhas...se as tivesses passado...
- querida não são couvinhas, são agriões, (respirando fundo para ter mais paciência), agora come...
- não.
- Está bem, mas já sabes, cá em casa quando há sopa, podem deixar tudo o resto, mas quem não come sopa não come o resto!
....
S. ficou a meditar na massa e carne picada à sua frente, que o irmão já estava a comer deliciado.
- Quantas colheres? pergunta S.
- 7... ora decompõe lá o número...
- 5 + 2!
- boa! Então é isso mesmo...come lá vá.
- dás-me?
- sim.
- não gosto das couvinhas...
-são agriões s.!
Mas comeu, ó se comeu!
E agora digam lá se não acontecem pequenos milagres todos os dias?? Nós é que andamos desatentos!
Como estes diálogos existiram outros...tão belos ou mais que estes...
A vida tem um toque de magia, não concordam? Vá despertem lá para estes "pequenos nadas". Carpem diem!